sexta-feira, 15 de maio de 2009

Seção Ônibus


Essas mereciam vir pro Admirável Blog Novo...

Micos de ônibus consagrados por mim no ano de 2009.

Ônibus cheio e a campainha de sinalização que a gente usa pra indicar o ponto que iremos descer não funciona. Eu tento estabelecer uma comunicação muda com o trocador para avisar que eu iria descer no meu ponto: Ponte Velha. Como já era de se imaginar, o trocador não entendeu, o motorista não parou e fomos voados até a Cidade Universitária. E o ônibus permanecia cheio...eu não podia deixar de descer no próximo ponto, neste dia tinha muito serviço, não podia chegar muito mais atrasada do que o de costume. Quando nos aproximamos do dito ponto, comecei a berrar: "TROCADOOOOOR!!! TROCADOOOOR!!"...Eis que o santo me olhou e eu disse: "VOU DESCER DESSA MERDA, MANDA ELE PARAR!"...Eis que o ônibus parou e eu desci toda me achando com todos os rapazes de terno e gravada e mochila de esportista me olhavam dentro do ônibus.

Ônibus cheio de novo. Sentei lá atrás, na ultima cadeirinha balançante e barulhenta. Quando nos aproximamos do meu ponto, levantei e dei sinal, de costas para a porta de descida dos ônibus, ali estava cheio. O ônibus parou devidamente no meu ponto, porém eu continuei a tocar a campainha. Toquei uma, duas, na terceira vez o povo começou a falar altão: "A PORTA JÁ TÁ ABEEERTA, OWWW". Desci novamente toda empinada e colocando o dedo do meio bem amostra, pro povo ver que meu ouvido não é pinico.

ESSA É FRESQUINHA: 901 - Ônibus vazio. Até alguns anos atrás, existiam 2 microonibus (acho que na nova ortografia é assim!) dessa linha que vai para Bonsucesso. Agora...ah...Agora é UM ônibus dessa linha grandão. O que mudou? Ah...para a empresa de ônibus economizar, eles colocaram num ônibus grandão a roleta de um micro, e o pagamento da passagem (caríssima, por sinal) é feito ao motorista. Entrei tranquilamente, cheia de sono, sentei-me e aguardei a chegada ao meu ponto. Tive preguiça até de ligar as músicas do celular, que costumo ouvir no trajeto. Quando chegou meun ponto, assim como em um MICROonibus, fui lá para a frente, dei sinal e tentei passar na roleta. Geeente..a roleta não girava e eu comecei a pensar durante alguns segundos: "Caraca, como vou descer? Tô presa nesse ônibus...!". No próximo segundo, olhei para trás e dois senhores-muito-simpáticos que estavam nas primeiras cadeiras, me indicaram a porta gigante lá atrás a quilômetros de distância. Eis que comecei a rir alto e fui andando todas aquelas milhas com quase todos me olhando, porque uma loira estava dormindo. Agora, não sei se eles me olharam porque eu ia descer pela porta da frente (como há muitos anos não se faz mais isso aqui no Rio em ônibus GRANDES) ou se foi pela minha risada alta. Desci posuda e andei até o prédio onde trabalho sem olhar para trás.

Eu nunca marco a fisionomia das pessoas desconhecidas. Quando eu trabalhei no aeroporto Tom Jobim e tinha que abordar os passageiros, eu os abordava várias vezes repetidamente porque não me lembrava de seus rostos e de que já os tinha abordado.

Acontece que isso é um caso de extrema importância...deve ser um exercício diário marcar o rosto das pessoas. Se essas pessoas que viram eu pagando esses micos nos ônibus lembrarem da minha cara, não vai mais ter ônibus que eu possa subir toda posuda e perfumada!!! Todos vão se lembrar: "Ah...essa é aquela destrambelhada, não sei porque se arruma tanto se é abestada!".

Mas tem um mico muito, muito pior do que os meus todos juntos que aconteceu há alguns anos atrás. E não foi comigo!!!!! Minhas duas primas estudavam em Bonsucesso e pegaram esse mesmo último ônibus que peguei, na época em que era micro. As duas estavam sentadas nos bancos lá de trás, fazendo algazarra com as pessoas da rua. Nesse dia havia chovido muito. Quando, em um momento, uma das meninas colocou o rosto pra fora da janela e abriu o bocão pra soltar um gritão, chuááááá....o ônibus passou por uma mega poça e a aguaceira foi toda na cara dela, ou melhor, dentro da boca dela...

É um besteirol interessante esse negócio de micos.

Quando eu era adolescente, lia uma revista que tinha uma seção só de cartas onde as leitoras contavam seus micos. Eu costumava ler nas aulas de exatas, principalmente de Química, ciência pela qual nunca fui fã. E ria, ria, ria...teve um dia que o professor perguntou de quê eu e minhas colegas ríamos tanto. Respondemos que era porque tinha uma barata na camisa de um menino. Todo mundo saiu correndo da sala e não voltamos mais, porque a barata tinha sumido.

É, queridos leitores, nem os extra terretres que estudam química estão livres de micos.

Ao som de "Eu nasci há 10 mil anos atrás", Raulzito, já paro por aqui, apesar de não ter nada para fazer.

Beijocas!!

2 comentários:

Bruna disse...

como sempre.. vc e os seus micos.. nunca vi!!!
mto monga!!!
hahahah

Luciana S. disse...

kkkkkkkOutro dia, peguei a van, como de costume e, quando chegou ali, um pouco antes do ponto do Casa Show, uma menina fez sinal. O motorista parou, abriu a porta (automática). A menina pôs o pé na porta, ele disse "é Perimetral".
Ela: "hã".
Ele: "é Permietral".
Ela: "Que isso?"
kkkkkkkkkkkkk

Bom, vou explicar... para quem não sabe.. quando eles falam "é Perimetral" quer dizer que vai fazer o trajeto ao Centro pelo Elevado da Perimetral, desta forma, não passará por toda a Presidente Vargas e, sim, somente da Uruguaiana em diante.